Editora: EBPCA – Editora Brasileira de Publicação Científica
Autor: Rita de Cássia Soares Duque
Este livro, fruto da dissertação de mestrado de Rita de Cássia Soares Duque, investiga a complexa questão da resistência dos professores ao uso de tecnologias educacionais no processo de aprendizagem de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), a partir de um estudo de caso em uma escola de Rondonópolis-MT.
A autora se apoia em diversos teóricos para analisar as barreiras atitudinais dos professores ao usar tecnologias educacionais com alunos com NEE e propõe soluções para uma educação mais inclusiva.
Ela enfatiza a importância da educação inclusiva como um dos principais desafios sociais da atualidade, buscando garantir o acesso de todos a uma educação de qualidade.
A obra está estruturada em seis capítulos, que abordam os seguintes temas, sempre com o suporte de autores renomados na área:
Apresenta a evolução do conceito de inclusão, desde a segregação até a busca por uma sociedade mais inclusiva, com base em leis, políticas públicas e nas contribuições de pensadores como John Dewey, Célestin Freinet, Jean Piaget, Lev Vygotsky, e Carl Rogers.
Além disso, discute a trajetória de Louis Braile e seu sistema de leitura e escrita, e a importância da Lei Brasileira de Inclusão.
Explora a teoria de David Ausubel, que enfatiza a importância de conectar novos conhecimentos com a experiência pessoal do aluno, e a relevância dos subsunções para o aprendizado.
Analisa o potencial dos jogos digitais como ferramenta pedagógica para melhorar a acessibilidade e promover a participação de todos os alunos, baseando-se em autores como Moran que destaca a importância da tecnologia para acessibilidade, e Juul, com sua definição de jogos digitais.
Também são mencionados Williams et al. sobre a aprendizagem com jogos digitais e Gee sobre o armazenamento de experiências na memória.
Aborda como os jogos digitais podem ser uma estratégia de ensino para alunos com deficiência, buscando a inclusão e participação ativa desses alunos, baseando-se em Vygotsky e suas reflexões sobre a deficiência intelectual.
Examina a percepção dos professores sobre a efetividade do uso de jogos digitais na aprendizagem de alunos com deficiência, mencionando estudos de Deveci e Karabay, Lee, Chien e Lin, Lopes e Oliveira, Pinto, Pinto e Ferreira e Santos, Souza e Machado.
Detalha o método de pesquisa, que inclui revisão bibliográfica, estudo de caso e coleta de dados por meio de questionários aplicados a professores, com base nas orientações de Gamboa.
A análise dos dados combina abordagens qualitativas e quantitativas, conforme Grácio e Garrutti.
A obra ressalta a importância de superar as barreiras atitudinais dos professores e de fornecer-lhes a formação e o suporte necessários, conforme apontado por Rego e Silva, para que possam utilizar as tecnologias educacionais de forma eficaz.
Além disso, destaca a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e inovadoras, aplicando novas metodologias com habilidades didáticas que criem oportunidades de aprendizado para todos os alunos, como defendido por Toledo e Silva, e a importância do lúdico, conforme Formigoni.
O livro conclui que a resistência dos professores ao uso de tecnologias educacionais pode ser resultado de diversos fatores, como falta de acesso a recursos tecnológicos, falta de tempo, e falta de formação na área.
No entanto, a autora argumenta que, com o devido apoio e formação, baseada nas reflexões de autores como Kenski, Pretto e Passos, e Santos, Esmeraldo e Ferraz, os professores podem se tornar aliados na promoção de uma educação mais inclusiva e eficaz.
A obra de Rita de Cássia Soares Duque contribui para o debate sobre a importância das tecnologias educacionais na inclusão de alunos com NEE e oferece insights valiosos para gestores, educadores e pesquisadores interessados em promover uma educação mais justa e equitativa.